A doença da corrupção é muito traiçoeira e tem diversos efeitos
Data de Publicação: 12/11/2020
O presidente do Conselho de Administração do Instituto Ética Saúde, Eduardo Winston Silva, participou da cerimônia de abertura do 12º Simpósio Internacional de Esterilização e Controle de Infecção Relacionado à Assistência à Saúde – SOBECC, no dia 11 de novembro, e fez uma analogia entre infecção e falta de ética. “Há outro ‘germe’ que está deixando a Saúde como um todo doente. Esse germe causa uma doença que, quando em sua forma mais branda é o oportunismo e em sua forma mais severa é a corrupção”, afirmou.
São três os efeitos dessa ‘doença’, na opinião do executivo do IES. “O efeito direto é o desvio de recursos que deveriam ser usados na promoção da saúde para fins estranhos. O colateral é o desenvolvimento de camadas e mais camadas de mecanismos de controle (burocracia). E o social, com indiferença ou contágio de outros agentes”. E completou: “Não importa a tecnologia que tenhamos a nosso dispor. Não importa a capacitação técnica dos profissionais. Enquanto houver corrupção não estaremos entregando a melhor saúde possível para a população”.
Eduardo Winston Silva lembrou que os centros cirúrgicos são locais onde, muitas vezes, se materializa a corrupção e que os profissionais de enfermagem são olhos e ouvidos independentes que devem denunciar. “Se vocês reportarem o que veem e ouvem de errado, nós Instituto Ética Saúde, nos comprometemos em amplificar a mensagem. Afinal, como qualquer doença contagiosa, sabemos que conscientização e sensibilização são fundamentais. Vocês fazem um papel fundamental e crítico na cadeia da saúde. Nós precisamos de vocês nesta luta contra a infecção de corrupção na saúde do Brasil”, finalizou.
A Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização (SOBECC) é integrante do Conselho Consultivo do Instituto Ética Saúde.
Compartilhe