A utilização das glosas de maneira exagerada e fora do propósito original foi o tema central do encontro
Os diretores Executivo e de Relações Institucionais do Instituto Ética Saúde, Filipe Venturini Signorelli e Carlos Eduardo Gouvêa, estiveram na sede da Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS), no dia 29 de fevereiro, para uma reunião do Grupo de Trabalho de Prestadores de Serviço, da Diretoria de Desenvolvimento Setorial da Agência. O encontro foi conduzido pelos diretores Mauricio Nunes e Angélica Carvalho e reuniu cerca de 300 profissionais da área da saúde.
O assunto principal foram as glosas – que são faturamentos não recebidos ou recusados nas organizações de saúde (clínicas, hospitais e laboratórios) por problemas de comunicação com as operadoras – e a necessidade (ou não de normatização) pela ANS.
“Pudemos contribuir com várias sugestões para lidar com o excesso de situações em que a glosa tem sido adotada de maneira diferente do que era previsto originalmente, causando desequilíbrio para o sistema e afetando o paciente em seu direito de acesso à saúde. Isto vai desde situações em que o procedimento foi pré-autorizado, mas depois não pago por conta de discordância de valor, ou em que se glosa sistematicamente para discutir-se ao limite e depois pagar-se integralmente o discutido”, conta Carlos Eduardo Gouvêa. Também foi tratada a questão de retenção de faturamento, uma prática comum, às vezes por vários meses.
“No escopo do Acordo de Cooperação firmado entre o IES e a ANS, propusemos debater, dentro do Conselho Consultivo do Instituto, medidas que possam agregar no processo de uma eventual regulação da questão das glosas, dentro das boas práticas de governança regulatória. Atrasos de pagamentos injustificados aos prestadores, ameaçam a sustentabilidade do setor como um todo”, afirmou o diretor executivo do IES.
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