Participaram Abiis, Abimed, Abimo, Abraidi, Abramed, CBDL, Grupo FarmaBrasil, Ibross, Instituto Ethos, Interfarma, SBHCI, Sbot e Sobecc
Engajamento foi a palavra mais mencionada na 30ª Reunião do Conselho Consultivo do Instituto Ética Saúde, realizado de forma híbrida, no dia 12 de setembro. Parte dos presentes estava na sede da Associação Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização (SOBECC). O encontro, de forma inédita, reuniu os integrantes dos três Conselhos do IES: de Administração, de Ética e Consultivo.
A presidente do Conselho de Administração, Cândida Bollis, destacou que o Instituto está prestes a completar 10 anos e que é fundamental que sejam remapeados os problemas da cadeia da saíde e mapeada a legislação, um projeto que será desenvolvido em parceria com a Universidade Mackenzie. “Eu peço o envolvimento do Conselho Consultivo em apontar as más práticas para que possamos envolver o Conselho de Ética e buscar o caminho para darmos os próximos passos”, disse Cândida.
Representando o Conselho de Ética, Antonio Fonseca corroborou com a necessidade de aumentar a articulação entre os segmentos. “Há muitas questões para discutir e avanços a serem alcançados, mas isso requer maior organização e engajamento de todos os envolvidos. Com esforço coletivo é possível alcançar os objetivos e enfrentar os desafios à frente”.
O diretor Executivo, Filipe Venturini Signorelli, apresentou as novas perspectivas do Conselho de Administração e frisou que “embora a missão de promover ética e integridade no setor da saúde e promover melhores resultados para o paciente continue inalterada, as estratégias e abordagens para alcançar esse objetivo foram ajustadas e aprimoradas para se adaptar aos desafios atuais do setor. A ideia é que tanto o Conselho Consultivo quanto o Conselho de Ética desempenhem um papel fundamental nesse processo, transitando entre todos os stakeholders”.
Entre as novas medidas estão: postura ativa para trazer efetividade aos propósitos; atuação em demandas coletivas judiciais e administrativas; potencializações nas ações de advocacy; criação de indicadores que balizem as atuações dos stakholders; clareza e objetividade nas propostas/soluções; e proximidade máxima das entidades representativas para consolidação do IES como interlocutor das diretrizes da Ética e Integridade (transparência total) no setor da saúde pública e privada.
O diretor de Relações Institucionais citou ainda a atualização do Marco de Consenso Brasileiro para a Colaboração Ética Multissetorial na Área de Saúde, que acontecerá ainda este ano. “Um dos novos conceitos é a ética dos algoritmos. Considerando a inteligência artificial e outras inovações da nossa área que já estão
tendo e terão cada vez mais impacto. O ideal é que elas sejam absorvidas de uma forma adequada”, afirmou Carlos Eduardo Gouvêa.
O Projeto de Pesquisa e Mapeamento dos riscos do setor da saúde – com o objetivo de construir propostas de autorregulação e revisão/inovação legislativa e regulatória, conforme os propósitos do IES, em parceria com a Universidade Mackenzie e Escola Superior de Ética Corporativa, Negócios & Inovação (ESENI) – foi apresentado pelo assessor jurídico do Instituto, Giovani Saavedra, que coordena o trabalho.
“A pesquisa será desenvolvida em duas grandes etapas: um levantamento de ambientes regulatórios, legislações, normas e projetos de lei da área da saúde tramitando no Congresso Nacional que regulamente estratégias vinculadas ao eixo de pesquisa de Integridade; e aplicação de metodologias de avaliação de risco internacionalmente consagradas, tais como COSO e ISO, para que seja realizada uma análise abrangente dos riscos de todos os elos da cadeia do setor da saúde, a fim de identificar eventuais falhas e espaços para implementação de estratégias de regulação”, explicou Saavedra.
Ele destacou a importância das reuniões setoriais para aplicação de entrevistas em um grupo de trabalho composto por representantes de serviços de saúde (hospitais, clínicas, laboratórios etc.); fontes pagadoras (planos de saúde, seguradoras etc.); profissionais da saúde; fabricantes, importadores e distribuidores de produtos para a saúde; medicamentos; e associações de pacientes. “O trabalho terá três eixos de atuação. Este ano o foco é no aspecto da integridade. E nos próximos anos vamos trabalhar com saúde digital e ESG”, concluiu o coordenador do projeto.
Estiveram presentes também na reunião representantes da Abiis, Abimed, Abimo, Abraidi, Abramed, CBDL, Grupo FarmaBrasil, Ibross, Instituto Ethos, Interfarma, SBHCI, Sbot e Sobecc; o diretor do Conselho de Administração, Marcos Tadeu Machado; e os integrantes do Conselho de Ética, Celso Cláudio de Hildebrand e Grisi, Edson Vismona, Mario Aquino Alves e Paulo Silva.
Compartilhe