Instituto Ética Saúde encaminha 29 denúncias ao Ministério Público


Data de Publicação: 18/11/2016
Instituto Ética Saúde encaminha 29 denúncias ao Ministério Público

O Acordo Setorial - Importadores, Distribuidores e Fabricantes de Dispositivos Médicos para autorregular o mercado foi amplamente debatido no 4º Conahp. O Congresso Nacional de Hospitais Privados é promovido pela Associação Nacional de Hospitais Privados (ANAHP) e foi realizado entre os dias 16 e 18 de novembro, em São Paulo. Um dos painéis foi exclusivamente dedicado ao tema. 

A diretora Executiva do Instituto Ética Saúde, Claudia Scarpim, apresentou os princípios, objetivos e como as denúncias são conduzidas. “Promovemos um acordo com cerca de 300 empresas, fizemos o mapeamento de risco na nossa área de Dispositivos Médicos Implantáveis – DMI – e definimos as regras com as quais estas empresas devem trabalhar. Nosso objetivo é prevenir e controlar todas as formas de corrupção e suborno. A ética está acima da legalidade”, enfatizou. 

Claudia destacou ainda que a metodologia do Ética Saúde pode ser ampliada para outros segmentos. “Um ponto importante é gerar dados que sirvam de norte para que setores públicos, órgãos do Estado, possam combater a corrupção. Na semana passada o Instituto emitiu 29 denúncias para o Ministério Público e já está aplicando sanções. É preciso conscientizar e punir, dois elementos determinantes para a mudança de postura”, concluiu. 

Desde a criação, o Acordo já contabiliza mais de 1.200 denunciados por meio do seu canal independente, entre distribuidores, médicos, hospitais, importadores e fabricantes. Todas as suspeitas e indícios de irregularidades são apurados, analisados e encaminhados por um Conselho de Ética que tem como integrantes o Subprocurador Geral da República, Antônio Fonseca, o presidente do Fórum Nacional Contra Pirataria, Edson Luiz Vismona e o professor da Universidade de São Paulo, Celso de Hildebrand e Grisi.

O tema também foi destaque no painel “A Ética nas organizações e modelos de governança – Boa prática na cadeia de suprimentos”, com a participação do presidente do Instituto Ética Saúde, Gláucio Pegurin Libório. Ele destacou a participação de diversos atores da cadeia no Instituto. “Criamos o Instituto para o mercado, com um sistema de autorregulação similar ao Conar, e hoje nosso Conselho Consultivo é formado por Associação dos Fabricantes, Federações dos hospitais e Sociedades Médicas. Temos convênio com o Conselho Nacional do Ministério Público (CNMP) e com a Associação Nacional do Ministério Público de Defesa da Saúde (AMPASA)”.

Para Libório, é preciso aproveitar o momento em que país está passando, com o aumento da cultura da honestidade e integridade. “Nosso objetivo é trazer não apenas as entidades, mas todos os hospitais, todas as operadoras de saúde, para uma discussão franca dos temas éticos que influenciam nosso segmento”, completou.

 


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