Nos 10 anos da Lei Anticorrupção, presidente do IES alerta que a cultura da integridade ainda não é realidade
Data de Publicação: 25/05/2023
O presidente do Conselho de Administração do Instituto Ética Saúde (IES), Eduardo Winston Silva, foi um dos painelistas do debate “10 anos da Lei Anticorrupção e seus impactos no segmento de equipamentos e dispositivos médicos”, promovido pela Associação Brasileira da Indústria de Tecnologia para Saúde (Abimed), na Hospitalar 2023, no dia 24 de maio.
Também participaram do debate o sócio da área de compliance e investigação, direito administrativo e projetos governamentais e ESG do Tozzini Freire Advogados, Marcelo Zenkner; e o membro do Conselho de Ética Independente da Abimed, Gustavo Biagioli. A moderação foi do gerente Legal e Compliance da Abimed, Jorge Khauaja.
O presidente do IES destacou que a saúde do Brasil faz um excelente trabalho, mas “poderíamos ser mais eficientes se tivéssemos a ética como padrão e não gastássemos tanto com controle”.
Na mesma linha de raciocínio, Gustavo Biagioli lembrou que lei anticorrupção criou incentivos positivos, como fomentar a estruturação de programas de compliance. “A integridade destrava os negócios, ela viabiliza rapidez. Se todos confiarem em todo mundo, gasta-se muito menos em controle e fiscalização e o coletivo ganha”.
Para Marcelo Zenkner, “a lei é de integridade e não de anticorrupção. Um sistema de integridade tem por objetivo valorizar o que é certo. E isso é muito mais do que evitar o que é errado”.
Na opinião de Eduardo Winston Silva, “houve evolução. Investigamos e punimos bastante, mas precisamos de uma cultura onde todos se sintam parte do processo anticorrupção. A ética ainda não é comportamento padrão. Será quando os funcionários tiverem orgulhos de estarem em uma empresa íntegra e se indignarem com atitudes ilícitas dentro da companhia que trabalham e denunciarem”, finalizou.
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