O presidente do Conselho de Administração do Instituto Ética Saúde, Gláucio Pegurin Libório, defendeu que planos de saúde e hospitais devem dar mais valor aos distribuidores de dispositivos médicos implantáveis que trabalham de forma ética. A afirmação foi durante o 11º Encontro Anual de OPME/DMI, realizado em São Paulo, nesta segunda-feira (13/02).
“Muitas empresas que fazem um trabalho ético não são beneficiadas na ponta. Os distribuidores não têm que comprar a venda e sim ter material, qualidade e preço para concorrer de forma leal. Todo este processo exige uma mudança cultural na estrutura de fazer negócio e envolve a todos”, afirmou.
Gláucio Pegurin Libório participou do painel “Tratamento das denúncias contra a impunidade: como os órgãos responsáveis pela defesa e proteção da cadeia de saúde estão tratando as denúncias de corrupção e de práticas anticompetitivas no mercado de OPME/DMI”, ao lado do promotor de Justiça, Mauricio Silva, que atua na Operação Mister Hyder, em Brasília, e do diretor do CREMESP, Roberto Lotfi Júnior.
O executivo apresentou o último balanço do Canal de Denúncias do Instituto Ética Saúde, que já tem 60 processos instaurados. “Queremos criar um Cadastro Positivo, para que possamos ser referência na contratação, tanto pelos planos de saúde quanto pelos hospitais”, enfatizou.
Libório voltou a conclamar os demais segmentos em prol de uma saúde mais transparente. “Nós distribuidores estamos vindo a campo, reconhecendo o problema e fazendo diferente. Mas este problema é muito mais abrangente. O Ética Saúde é extremamente válido para redefinir toda a cadeia e todas as relações”, finalizou.
Legenda da foto: da esquerda para direita - Gláucio Pegurin (Ética Saúde), Eduardo de Oliveira ( FBH),Aderval Paulo Filho ( UNIDAS),José Emilio Bueno ( Hospital Santa Izabel), Silvia H. R. Mateus ( CREMESP),Carlos Goulart (ABIMED), Edmond Barras ( Hospital da Beneficência Portuguesa de São Paulo) e Paulo Fraccaro (ABIMO).
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