O presidente do Conselho de Administração do Instituto Ética Saúde, Eduardo Winston Silva, foi homenageado, no dia 28 de julho, em São Paulo, como um dos executivos mais influentes da Saúde, na categoria ESG (Governança ambiental, Social e Corporativa). O prêmio é uma iniciativa do Grupo Mídia.
“A eleição é um reconhecimento ao trabalho que o Instituto vem fazendo e aponta que a cadeia está valorizando aquilo que é o propósito do IES: a promoção de um ambiente ético. Os avanços na saúde são inquestionáveis, mas aqueles que trabalham no setor reconhecem que ainda não entregamos à população aquilo que poderíamos, dadas as nossas capacidades. Poderíamos ser mais eficientes e mesmo remunerar melhor a cadeia, se o nível de confiança entre os agentes fosse maior. Neste sentido, a atuação íntegra, pautada em valores éticos tácitos está sendo apontada como fator estratégico de sucesso. De fato, ter influência é uma enorme responsabilidade. Em algum momento no futuro iremos avaliar a evolução da saúde no país e, de certa forma, julgaremos o trabalho daqueles que tinham influência e deveriam ter liderado as mudanças necessárias”, analisou Eduardo Winston Silva.
Fazendo uma avaliação do último ano, o presidente do Instituto citou os desafios do combate à pandemia até a chegada da vacina. “Foi um momento de grande pressão no sistema de saúde como um todo. Acredito que a resposta do setor foi, na medida do possível, exitosa. Essa crise sanitária tem provocado perdas terríveis, irreparáveis e vai deixar sua marca por várias gerações. Contudo, podemos sim nos orgulhar do nosso sistema de saúde pois ele conseguiu se estruturar de forma emergencial para atender à população”.
Para Winston Silva, o ponto alto foi a capacidade de organização na ponta da cadeia. “Temos culturalmente uma tendência à centralização, um desconforto com a atuação sem mecanismos ostensivos de controle e supervisão. Mas, para que pudéssemos dar resposta às demandas, foi preciso que cada posto de saúde, de cada cidade, se organizasse de forma relativamente autônoma para prestar o atendimento à população. Isso, de certa forma, tem muito a ver com o trabalho do Instituto Ética Saúde, pois defendemos que um ambiente de alta confiança é necessariamente mais eficiente, consegue responder de forma mais ágil e efetiva às demandas sem que isso signifique necessariamente uma desestruturação. Vimos que é possível, que somos capazes”, complementou. “Também ficou claro que os setores públicos e privados, que deveriam funcionar de forma complementar, ainda não conseguiram encontrar um encaixe harmonioso. Por fim, seguimos com a impressão de que nossas lideranças ainda defendem interesses dos setores que representam, sem conseguir criar uma coordenação horizontal efetiva e que reduza os custos de transação, aumentando a eficiência da cadeia”.
Na visão do executivo do IES, a lista dos mais influentes da saúde é uma pequena amostra da enorme capacidade individual há no setor. “Temos uma força de trabalho extremamente bem preparada e altamente dedicada. A pergunta que temos que seguir fazendo é: por que não conseguimos entregar todo nosso potencial? Precisamos parar de pensar na saúde como um jogo de ‘soma zero’, onde um ganha mais em detrimento de outro que perde. Temos que construir modelos colaborativos, ‘ganha-ganha’, que promovam eficiência e possibilitem a entregas de maior qualidade. O desafio é como desenvolver um ambiente onde a atuação íntegra seja a única aceita, promovendo o aumento da confiança, possibilitando a autonomia e melhorando a satisfação dos indivíduos da cadeia e da população atendida”.
E completou reforçando que o prêmio 100 Mais Influentes da Saúde é um reconhecimento a todos que atuam no IES, direta ou indiretamente. “Parabéns a todos nós, pois nosso objetivo é justamente influenciar o mercado para promovermos padrões mais éticos. Acho também que a responsabilidade aumenta. Por sorte, somos um time de apaixonados pela causa”, finalizou.