Instituto Ética Saúde realiza Assembleia para aprovar o plano estratégico de 2023
Data de Publicação: 08/03/2023
O executivo de Relações Institucionais do IES, Carlos Eduardo Gouvêa fez a abertura da Assembleia Geral Ordinária, realizada em 07 de março, com a descrição dos quatro itens da pauta: apresentação e aprovação da prestação de contas exercício 2022; apresentação e aprovação de proposta de orçamento exercício 2023; aprovação do plano de trabalho estratégico 2023 e, por fim, outros assuntos de interesse dos associados.
Em uma breve intervenção, o diretor executivo, Filipe Venturini Signorelli, ressaltou que “o planejamento do IES objetiva, cada vez mais, estar junto ao associado e ter uma maior proximidade com os órgãos de controle, do Legislativo e Executivo”. A vice-presidente do Conselho de Administração, Patrícia Braile, complementou que a Assembleia é um momento importante onde o Instituto Ética Saúde presta contas ao associado. “A mudança ética é cultural, extremamente importante e precisa começar, com amplo engajamento onde todos trabalhem por isso”, disse.
Carlos Eduardo Gouvêa abordou a importância das mudanças éticas que podem afetar toda uma geração. “Trabalhamos muito fortemente em eventos que provoquem reflexões e transformações esperadas”, contextualizou. Gouvêa citou encontros importantes realizados, no ano passado, como no Ministério da Saúde e ainda o ‘Encontro Ética, Saúde e Felicidade: Qual a relação dessas dimensões?’”, além de eventos regionais com associados, assembleias que elegeu o Conselho de Administração para novo mandato e a que reformou o estatuto com algumas mudanças.
O representante de Relações Institucionais destacou a participação do IES em mais de dez eventos ao longo de 2022, alguns de abrangência internacional, como The Medtech Conference, nos Estados Unidos, e reunião com a Organização Mundial da Saúde, na Suíça. Gouvêa contou que foram divulgadas notas de posicionamentos do IES, exibição de 10 vídeos, 6 artigos publicados e 115 reportagens com exposição do Instituto em temas de interesse projetando o nome do IES para um público de 7,3 milhões de pessoas, além da exibição de informações nas mídias sociais com 361 postagens no Facebook, Linkedin, YouTube e Instagram, entre outras ações de comunicação.
Gouvêa informou os trabalhos conjuntos com FGV/EAESP e ICTS e também campanhas promovidas nas mídias sociais como o ‘Ética não é moda, ética é saúde’, o ‘IES Explica’ e o ‘Reflita’. O executivo lembrou das ferramentas que o Instituto possui e estão sempre a disposição dos associados e também da sociedade, em muitos casos, como é o Canal de Denúncia, e ainda a assessoria para aquisição de produtos para a saúde; o plantão de dúvidas; o questionário de autoavaliação; as Instruções Normativas; o programa de Qualificação – QualIES; o Marco de Consenso Brasileiro para a Colaboração Ética Multissetorial na área da Saúde; a Ethical Principles in Health Care (EPiHC); a certidão eletrônica; além dos Grupos de Trabalho com reuniões periódicas para promover autorregulação no setor de saúde. “O IES tem uma representatividade e relevância expressiva nas Américas, com influência em todo o setor de saúde”, comentou.
O executivo do IES relembrou que o Conselho Consultivo continua crescendo com novos integrantes, além dos 29 membros já existentes. “No plano inicial era para termos uns seis membros, mas percebemos a importância de uma maior representatividade para nortear as ações do IES”, além do Conselho de Ética com as atividades realizadas. Gouvêa detalhou os acordos de cooperação assinados e ainda os que estão em andamento.
Na sequência, o assessor de Compliance, Marlon Franco, fez uma apresentação do relatório financeiro com dados comparativos de 2021 e 2022.
O diretor executivo, Filipe Signorelli, lembrou que a única fonte de recursos do IES é a contribuição dos associados. “Estamos trabalhando para ampliar isso com outras captações, para não termos um gargalo tão grande, já que as ações a serem promovidas são amplas e precisamos de uma folga financeira maior”.
Signorelli detalhou quais são os objetivos gerais e específicos do IES e onde o Instituto pretende chegar. “IES se posiciona como um mecanismo de influência e transformação da cultura ética nas relações econômicas do setor da saúde, construção sociocultural do pensamento crítico e efetivo controle social das práticas oportunistas, com 5 diretrizes de atuação, inclusive promovendo o engajamento e conscientização maior da população”, ressaltou e contou a recente conquista: “a partir desse mês, temos até a participação em um programa de rádio semanal para empoderar o paciente”. Filipe Signorelli comentou ainda dos acordos com a CGE Rio e São Paulo e, posteriormente, com demais estados, e “assim nos aproximamos mais em todos os estados com atuação ampla com órgãos de controle”.
Para 2023, o IES pretende ampliar a consciência do custo do oportunismo e da falta de transparência, por meio das seguintes ações: pesquisa sobre o custo do oportunismo; sensibilização e educação: eventos/ações integradas (Conselho Consultivo/Associados/Sociedade Civil); crescimento orgânico em mídias sociais, na imprensa e num blog para promover conteúdo qualificado na internet; ampliação da campanha ‘Ética não é moda, Ética é saúde’ com a criação de um mascote; fomentar o Canal de Denúncias para ter cada vez mais atividade; além de ações acadêmicas: instituições de ensino – cursos curricularizados ou livres.
Quando abordou o combate a oferta de vantagens indevidas para indução de demanda de tratamentos e procedimentos, Signorelli explicou que está sendo feita uma pesquisa percepção da corrupção; além da atividades relacionadas ao Marco de Consenso com participação de entidades médicas; fomento da participação da sociedade civil; execução de ações junto aos órgãos de controle, a fim de publicizar as ações do IES; ampliação de acordos de cooperação técnica; propositura de projetos de lei com a participação de grupos de trabalho; e o desenvolvimento de uma plataforma interativa de registro e controle de tratamentos e procedimentos médicos.
Por último, o diretor executivo destacou o objetivo do plano de trabalho estratégico para fomentar a transparência e a coerência nas transações entre os agentes da saúde, com o desenvolvimento da autorregulação, “com alteração de uma legislação, por exemplo, que não funcione ou formatação de uma nova lei no Congresso”, explicou Signorelli. Nesse objetivo serão promovidos núcleos temáticos, atividades afins e atividades comuns a todo setor; um núcleo revisor das Instruções Normativas existentes; um regimento interno e fluxo de ações para produção de Instruções Normativas; o mapeamento das agências reguladoras e a aproximação para desenvolvimento dos trabalhos de autorregulação; o fomento às denúncias por descumprimentos das diretrizes estabelecidas nas Instruções Normativas; o fomento aos negócios dentre os atores que promovam efetivamente as práticas éticas dentro do setor – cumprimento das IN’s; o desenvolvimento de projeto de ampla divulgação das empresas cumpridoras das regras autorreguladas pelo setor; e as atividades no QualIES com redimensionamento dos programas de avaliação, fragmentando as avaliações por área.
Signorelli apresentou planilhas com orçamentos para ações futuras e reforçou a busca de novas fontes de renda para custear esses projetos. No final, Carlos Eduardo Gouvêa convidou os associados para participarem do “Ética Saúde Summit 2023 – O futuro da saúde: qual é o papel da ética e integridade”, em 04 de maio, que ocorrerá no Auditório da FGV, em São Paulo.
Antes de encerrar a Assembleia, o executivo de Relações Institucionais do IES conclamou os associados para votarem nas enquetes e nos formulários encaminhados durante o encontro e abriu para uma sessão de esclarecimentos de dúvidas dos associados, onde vários se manifestaram.
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